sábado, 14 de junho de 2014

De lixeiro a médico: brasiliense vence pobreza e se forma em medicina

Cícero Batista Pereira venceu a fome para se formar em medicina. Parte da conquista se deve aos livros emprestados de paradas de ônibus

O médico de 33 anos recebeu ontem o diploma de graduação: "Sinto muito orgulho de ter chegado até aqui". Foto: Breno Fortes/CB/D.A. Press

Das latas de lixo, o brasiliense Cícero Batista Pereira, 33 anos, recolhia as verduras e os livros. Com o que os outros descartavam, ele se alimentava e também cursou o ensino fundamental e desenvolveu o interesse pela ciência. Na adolescência, fez curso técnico em enfermagem e teve a certeza de que a área de saúde era o caminho dele. Para chegar até o diploma de medicina, recebido ontem, Cícero cruzou a W3 Norte incontáveis vezes. A cada parada de ônibus, vasculhou as prateleiras do projeto Biblioteca Popular, do Açougue Cultural, em busca de títulos que o ajudassem na preparação para o vestibular. O hábito se manteve na graduação.


O ex-catador, nove irmãos e a mãe moravam na Nova QNL, o Chaparral, entre Taguatinga e Ceilândia. Eles percorriam os contêineres de supermercados e verdurarias da cidade para abastecer a casa. No horário contrário ao das aulas, Cícero também vigiava carros em busca de trocados para colaborar com o sustento. “Se a gente não comia, não tinha como estudar”, lembra.

Um dia, Cícero encontrou uma câmera fotográfica Polaroid em meio a sacolas e restos de refeições. Curioso com o equipamento, levou-o para casa e, então, descobriu que gostava daquilo. “Naquela noite, peguei a lente e fiquei observando piolhos. Então, lembrei que tinha visto na escola que o piolho é um artrópode, assim como as aranhas. Isso estimulou a minha vontade de saber mais sobre ciência”, conta.

A partir das lições sobre animais, o rapaz se interessou pelos conhecimentos relacionados à saúde humana, em razão, inclusive, do histórico familiar. Como o pai morreu quando ele tinha 3 anos e a mãe era dependente alcoólica, coube a Cícero cuidar dos irmãos. “Eu era o curandeiro lá de casa. Pegávamos comida no lixo, e, por isso, tínhamos muita disenteria e doenças de pele. Aí, eu usava receitas caseiras e plantas para fazer remédio para os meus irmãos”, explica. A higienização dos alimentos era feita com limão. “A gente colocava tudo de molho, lavava bem, mas não resolvia totalmente o problema”, conta.

Risco tão à espreita quanto a intoxicação alimentar era a recaída para vícios. “Um (irmão) era viciado em cola e maconha, e o outro morreu assassinado por causa das drogas. Eu era da leitura e da música clássica, que conheci em um programa de tevê na casa de um vizinho.” O som que ouviu era uma peça do compositor alemão Johann Sebastian Bach. “Aquela música emocionou e marcou. Descobri a obra de Bach, que é muito poderosa, de uma força interior incrível”, descreve.

Mérito
A matrícula no Centro de Ensino Fundamental 16, em Taguatinga, ficou a cargo de uma irmã mais velha, que o incentivou a estudar. Cícero foi o único da família a concluir o ensino médio e a faculdade. Na escola, ele recebeu ajuda de professores e colegas, que doavam cestas básicas e vale-transporte. “Costumava ir a pé do Chaparral até o P Norte, o que dava uns 40 minutos. Chegava sujo e suado, então, passaram a me dar uns bilhetes de ônibus”, revela.

O apoio se estendeu durante o curso técnico em enfermagem, concluído com bastante dificuldade. “Estudava em período integral, não tinha tempo para coletar comida. Teve uma vez que cheguei a desmaiar de fome em sala. Foi, aí, que o pessoal da escola técnica percebeu que a minha família passava necessidade”, lamenta.

Ao fim do preparatório, Cícero prestou concurso para auxiliar de enfermagem da Secretaria de Saúde do DF, no qual passou em segundo lugar graças à Biblioteca Popular. “Há uns oito anos, estava na W3 Norte com a minha mãe e vi uns livros deixados em prateleiras. Perguntei se podia levar para casa e disseram que sim. Aquilo foi uma festa. Peguei vários para estudar”, celebra.

Nessa época, ele sonhava com o jaleco branco de médico. “Decidi que prestaria o vestibular e o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) para medicina. Eu saía de Taguatinga, onde trabalhava, e garimpava a pé, parada por parada, os livros de ensino médio. Fazia isso, geralmente, à noite”, detalha. A aprovação como aluno bolsista veio um ano e meio depois. “Eu devo tudo a esses livros. Eles mudaram a minha vida, e acredito que mudem de muitas outras pessoas. É a prova de que é possível conquistar os sonhos por mérito”, declara.

Cícero se formou na Faculdades Integradas da União Educacional do Planalto Central (Faciplac). Hoje, com registro no Conselho Regional de Medicina (CRM) e planos de se especializar em psiquiatria, Cícero ainda se surpreende com a trajetória dele. “O doutor Cícero ainda soa diferente, não caiu a ficha. Sinto muito orgulho de ter chegado até aqui e entendo que tenho a obrigação de ser um bom médico, em consideração a todos os que acreditaram em mim”, afirma, com um sorriso de agradecimento.
Fonte; Diário de Pernambuco

sexta-feira, 13 de junho de 2014

CLIK'S COPA - BARRA DO LONGÁ

Seleção brasileira vence por 3 X 1 e deixa torcedores confiantes em Barra do Longá, a lua já indicava que a noite dos namorados seria completa com fogueiras, uma vitória do brasil e encontro entre os amigos.
Nosso reportagem percorreu ruas da comunidade Barra do Longá veja imagens dos nossos torcedores. 














quarta-feira, 11 de junho de 2014

GRITO DE ALERTA - A BELA NATUREZA

Barra do Longá a terra que possui o encontro dos rios Parnaíba e Longá, infelizmente nada é feito para a preservação destes filhos da natureza, Hoje os belos rios sofrem com tamanha ação humana fato esse, este ano não teve enchente e até o momento não se teve a "rebação" como é conhecida na região (período em que ocorre uma fartura de peixes) nos rios e lagos na região.



As aves estão sumindo, coroas vem surgindo a todo momento no meio dos rios, rios esses que a décadas vem diminuindo o número de embarcações, pescadores e peixes.  




Diante de tantas agressões, eles mostram aparências vagas,mas sempre firmes de quem um dia já foi trafegável por grandes embarcações. Hoje eles se esguicham para se manterem firmes diante de tantos ataques em seus leitos. Eles vem ano após ano mudando os seus percursos demonstrada que precisam de ajuda e cuidado  

Se não pararmos as máquinas que devastam, o desperdício 
que inutiliza as ações que consomem desmesuradamente e a violência que agride o ambiente... Corremos o sério risco de sermos os próximos na lista de animais em extinção.














        Texto e fotos: Ronaldo Bastos

terça-feira, 10 de junho de 2014

CRISMA

Confraternização entre jovens em Barra do Longá




6º EDIÇÃO - JOGO AMIGOS DO VALDOMIRO

Na tarde de domingo - 08/06 a 6º edição do jogo amigos do Valdomiro atraiu dezenas de torcedores no campo Santa Luzia em Barra do Longá. O evento já é tradição na comunidade e se tornou um grande encontro entre amigos. O jogo terminou em 2 X 2, foram para as penalidades e terminou empate.

JOGADORES
GERSON, RIVELINO, LUIZ, MUDO, TERERÊ, NETO, RENAN, FÁBIO, NETO, CHINES, GENTIL, JOÃO, NATUREZA, VALDOMIRO, BONECO, EDI, RONALDO, ZÉ LUIZ, RAIMUNDO, BENAS, EDIVALDO, JEFESON, NINO, ZÉ TUDE, RAPOSA, PEQUENO, RENATO Dr BUTA, GILDÁSIO, ANTONIO AMORIM, CACHORINHA E  CATETA.  


A pelada ou racha como é conhecida iniciou como uma confraternização, um encontro de velhos amigos, um bate papo harmonioso de gente humilde que ama o futebol. Assim é Barra do Longá onde todo final de semana acontece um jogo de futebol.


Momento das penalidades

Não é a vontade de vencer que importa – todo mundo tem isso. O que importa é a vontade de se preparar para vencer.
ISSO É FUTEBOL E ALEGRIA
Faz da tua vida , um jogo de futebol 

Chuta as tristezas,
Finta as dificuldades, 
Marca 1000 golos de alegria...
O POVÃO DE BARRA DO LONGÁ
ESTARÁ NA BANCADA A TORCER POR TI !








DEPOIS DO JOGO TODOS FORAM SABOREAR AQUELA GELADA COM UMA FEIJOADA









ASSIM É NOSSO POVO - BARRA DO LONGÁ
Nunca pense que está sozinho quando você vive futebol,respira futebol.Isso significa que você faz parte dessa paixão mundial pela bola porque futebol além de um esporte é um ideal de vida, uma paixão que abre portas de amizades e encontros que ficam marcados na vida do ser humano.