sábado, 7 de fevereiro de 2015

Após fiscalização, alguns setores do HEDA poderão ser interditados

No final do mês de dezembro de 2014, os médicos da Unidade de Terapia Intensiva do Hospital Estadual Dirceu Arcoverde (HEDA) paralisaram as atividades na unidade e denunciaram problemas graves no local. O comunicado da categoria foi enviado ao Ministério Público e as entidades competentes. E em pouco mais de um mês, o Conselho Regional de Medicina esteve no HEDA na manhã dessa sexta-feira (06/02) para conferir de perto a real situação do hospital.

Presidente do Conselho Regional de Medicina, Emmanuel Fontes. (Foto: Juciê Machado / TV Costa Norte) 
“É um problema grave, a saúde pública no país todo. E em Parnaíba não é diferente. Flagramos pessoas em macas, pelos corredores, porque não tem leito suficiente. O centro cirúrgico não tem uma sala de recuperação. O HEDA possui vários problemas graves. Observamos também, um paciente que precisa ser entubado e morrendo sem ter esse aparelho”, afirmou o médico Emanuel Fontes, presidente do CRM-PI.
A visita do CRM a Parnaíba se deu após o comunicado dos médicos da UTI que denunciavam problemas na unidade hospitalar. Segundo o presidente do conselho, um relatório oficial será feito apontando a real situação do hospital parnaibano. Caso a problemática não seja resolvida, alguns setores poderão ser interditados.

“Há coisas que precisam ser modificadas. Vamos avaliar, inclusive, a possibilidade de interdição de alguns setores do hospital, e isso vai exigir que haja uma resolução. Ter um sistema de saúde de faz de conta, isso não existe. Pois ninguém faz de conta que morre, a pessoa morre de verdade”, disse Emanuel Fontes.
Kelson Veras, presidente da Sociedade de Terapia Intensiva do Piauí. (Foto: Juciê Machado /TV Costa Norte)
Ainda segundo o CRM, a UTI do HEDA não possui suporte de laboratório, o que prejudica os atendimentos. Como explica, o presidente da Sociedade de Terapia Intensiva do Piauí (SOTIPI). “Nós precisamos imediatamente fornecer exames essenciais em caráter de urgência. Exames de UTI não podem ser feitos e recebidos muitas horas depois. Além disso, necessitamos de pessoal com especialização na área para auxiliar no setor, e precisamos dos equipamentos que estão faltando”, explicou Kelson Veras, presidente da SOTIPI.

Durante a paralisação dos médicos da UTI, a população parnaibana e de cidades vizinhas ficou insegura, já que o hospital recebe pacientes de todos os municípios que compõem a planície litorânea e de Estados vizinhos, como Ceará e Maranhão.

Fonte:Porta Costa Norte

Nenhum comentário:

Postar um comentário