domingo, 10 de janeiro de 2016

O homem morre em frente ao Hospital Estadual Dirceu Arcoverde e fica por mais uma hora estendido no chão.

Quem esteve no Hospital Estadual Dirceu Arcoverde na manhã deste domingo (10/01), presenciou uma cena revoltante de omissão de socorro que levou à morte de um cidadão em frente ao hospital.

O fato aconteceu por volta das 10h deste domingo. A vítima foi identificada apenas como Moisés DPVAT e, segundo testemunhas, passava sempre pelo local e conversava com os moto-taxistas e até funcionários do próprio hospital. A vizinhança ficou revoltada com o fato, visto que Moisés era bastante conhecido nas imediações

Informações de testemunhas dão conta de que Moisés teria chegado ao Hospital Estadual Dirceu Arco Verde buscando atendimento médico, pois teria sofrido uma queda momentos antes do ocorrido. A vítima já havia sido atendida pelo SAMU momentos antes. O Hospital negou atendimento médico ao homem, alegando que ele teria que voltar novamente ao SAMU. 

Em seguida, Moisés saiu caminhando da unidade de saúde até cair na calçada de uma agência funerária, em frente ao HEDA, aos olhos de todos que estavam no local. Moisés tinha problemas de alcoolismo e epilepsia. Ao cair, ficou se debatendo no chão e perdendo sangue pelo nariz e boca até vir a óbito. O funcionário que estava de plantão na funerária onde a vítima caiu informou ao hospital sobre o ocorrido. Entretanto, “profissionais” se negaram a prestar socorro à vítima alegando que estavam seguindo o protocolo de atendimento. “Chame o SAMU!”, respondeu um dos atendentes do HEDA. 
DETALHE: 
No hospital havia dois médicos, além de uma unidade do SAMU parada na porta. Qualquer um destes profissionais poderia ter prestado socorro à vítima que agonizava no chão, antes de morrer debaixo do sol escaldante.

Porém, por ser morador de rua, desvalido, morreu à míngua como um animal sem valor. Se fosse, talvez, o filho de algum político ou alguém de maior condição financeira, certamente toda a equipe do hospital teria se mobilizado para prestar atendimento à vítima. Dois maqueiros do Dirceu foram até o local onde o corpo estava estendido de bruços, desviraram a vítima e constataram o óbito. 


“Agora tem que chamar o IML”, disse um deles. Saíram. O descaso foi tão grande que quem cobriu o corpo da vítima para protegê-la do sol foi o funcionário da funerária. O corpo da vítima ficou estendido no chão por mais de uma hora até a chegada de uma viatura da Polícia Militar, comandada pelo Tenente Elton. Alguns minutos depois o IML e a Perícia Criminal fizeram as primeiras avaliações e removeram o corpo até o posto avançado do Instituto Médico Legal, no bairro Frei Higino. Até o presente momento não se sabe o que causou, de fato, o óbito da vítima. Nossa equipe foi até o posto do IML, mas não obteve acesso às informações.

Fonte: Parnaíba em Nota

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