sexta-feira, 11 de março de 2016

Empresários da Realize são indiciados por estelionato e lavagem de dinheiro

A delegada Carla Brizzi confirmou, em reportagem ao Jornal do Piauí desta terça-feira (9), que os proprietários da empresa Realize, Cristina Rose Ibiapina Nunes Sousa e Gladson Nunes de Sousa, foram indiciados por estelionato e lavagem de dinheiro. Os acusados estão respondendo por serem os mentores de golpes no ramo imobiliário. Carla Brizzi disse que este é o resultado do primeiro de quatro inquéritos que foram abertos contra o casa.
Carla Brizzi afirmou que a prisão cautelar da dupla não foi pedida para aguardar todo o resultado dos inquéritos para que eles possam cumprir pena, que pode chegar até 10 anos de prisão.
Eles são acusados de lesar mais 500 pessoas com a venda de empreendimentos que não foram entregues. A empresa Realize lançou cinco condomínios de apartamentos em Teresina e Parnaíba e recebeu o dinheiro dos clientes. Um dos imóveis citados é o “Minerva Nogueira”, no bairro Alto da Ressurreição, zona sudeste de Teresina.
A delegada informou que durante a investigação foi detectada a distribuição de lucros e dividendos através das constatações em análise de contas vinculadas aos empreendimentos e como os imóveis não foram entregues, há confirmação de crime de estelionato e lavagem de dinheiro cometido pela dupla.
“Isso quer dizer que eles desviavam ou aplicavam o dinheiro. Uma parte foi aplicado em obra, no Minerva Nogueira. Vamos continuar seguindo o dinheiro, onde ele foi e isso vai ser analisado em outros inquéritos. Já houve denúncia por parte do Ministério Público e está sendo analisado em outro inquérito e também esperando para ser examinado pelo MP de lá (Parnaíba)”, explicou a delegada.
Também está sendo investigado se foram praticados outros crimes pelo casal e se houveram outras vítimas. A delegada acredita que o processo será feito de forma célere e rápida.
“Não há pedido de prisão cautelar, o processo não requereu a prisão, para conseguir a efetiva condenação dos acusados, que pode variar de três a dez anos de prisão”, declarou Carla Brizzi.
Ela informou que já requereu ao judiciário o sequestro de outros possíveis bens da dupla ou da construtora e também requereu um valor mínimo indenizatório para as vítimas.
Outras empresas que acumularam montante no período que a Realize atuou, de acordo com a delegada, começam a ser investigadas também. Entre os sócios da Realize, consta o nome de uma dona de casa que sequer tem conta bancária. A utilização no quadro dos sócios de pessoas que não têm como dispor desse dinheiro, porque não tem nem conta bancária, ajudaram a ocultar os verdadeiros criminosos, e também podem responder por estelionato”, concluiu.
Fonte Cidadeverde.com 

Nenhum comentário:

Postar um comentário