terça-feira, 10 de janeiro de 2017

EDUCAÇÃO - A Inclusão da Criança Portadora de Autismo

A Inclusão da Criança Portadora de Autismo no Contexto da Sala de Aula Regular na Rede Municipal de Ensino em Buriti dos Lopes – PI
O ensino de alunos com necessidades especiais nas escolas regulares tem enfrentado grandes dificuldades, principalmente no que diz respeito a alguns critérios como: a formação especializada dos docentes, estrutura adequada das escolas, material específico, maior tempo de preparação dos professores, falta de interação com a família, dentre outros fatores.
Nesse contexto, um dos fatores que devem ser considerados é o fato de alguns docentes receberem alunos com necessidades especiais sem ao menos nunca terem participado de uma capacitação que o ajude a receber o discente, além de não ter nenhum preparo técnico, nem metodologia e estratégia específica para tais casos, pois o que ainda pesa é estarem inseridos dentro de uma sala de aula regular, geralmente superlotada de alunos e sem o apoio de um docente auxiliar que ajude no processo.
Porém, por se tratar de um direito igual a todos, de terem uma educação de qualidade, independente das necessidades especiais encontradas em cada indivíduo, torna-se mais difícil tanto para a escola quanto para a família inserir o aluno neste cenário. Entretanto, pode existir vários pontos positivos que contribuam no desenvolvimento cognitivo do aluno, como por exemplo, seu desenvolvimento comunicativo e a interação que pode ser realizada junto dos outros alunos.
É de grande importância uma escola que busque realizar de fato a inclusão escolar, atendendo as várias particularidades presentes nessa, bem como os eventuais casos específicos que poderão surgir dentro deste contexto, olhando os dois lados da questão, tanto o da escola como também o da família, procurando satisfazer a cada lado.
Assim, buscou-se perceber: Como tem sido realizada a inclusão de crianças portadoras de autismo no contexto da sala de aula regular na rede municipal de ensino em Buriti dos Lopes – Pi? Qual o posicionamento dos professores e da família quanto à inclusão dos alunos com necessidades especiais dentro de escolas regulares?
A pesquisa ocorreu na cidade de Buriti dos Lopes, no estado do Piauí e teve por cenário algumas escolas da rede municipal de ensino regular. Participaram desta, 06 (seis) professores de escolas diversificadas da rede municipal de ensino e 06 (seis) pais de alunos com autismo.
Por meio das respostas dos questionamentos feitos aos docentes e pais, pôde-se detectar que as escolas regulares têm se preparado pedagogicamente para alunos ideais, padronizados por uma concepção de normalidade e de eficiência arbitrariamente definida, ou seja, essa preparação não condiz a alunos com necessidades especiais. Além de perceber que a inclusão de alunos com necessidades especiais em escolas regulares ainda tem vivido grandes dificuldades para que todos tenham uma educação igual e com qualidade, principalmente pelo número de alunos, pelas diferenças regionais e pelo conservadorismo que existe nas escolas.
Notou-se também que dentro das estratégias e da metodologia deve ser realizado um trabalho que exista escuta, atenção e respeito, além de uma cooperação na realização do trabalho, e de maneira lúdica isso será possível de ser realizado de maneira a obter resultados satisfatórios. Desta maneira a atenção e responsabilidade dos pais em interação aos professores devem ser realizadas para que este consiga se adaptar a escola, mediante as suas necessidades, e se preciso for os pais devem buscar orientação do psicopedagogo encarregado do tratamento deste.
Por meio desta pesquisa, pôde-se compreender a importância do planejamento e da formação do docente para o ensino de crianças autistas, visando o seu desenvolvimento.

Jaqueline Raquel da Costa

Formada em Licenciatura Plena em Pedagogia pela Faculdade Entre Rios do Piauí- FAERPI

Um comentário:

  1. parabéns pela pesquisa e propriedade do assunto. Os gestores precisam acordar e encarar a inclusão de maneira natural, precisa e corajosa, só assim começaremos a trilhar novos caminhos na educação.

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